segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando seu filho é superdotado!

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Saiba identificar os sinais de que seu filho tem uma inteligência acima da média. 
Todo pai acredita que seu filho é o mais inteligente e esperto da turma. Ele sabia as cores antes dos 2 anos, ele tem um vocabulário incrível, ele lê livros de 300 páginas aos 8 anos, enfim… Na maioria das vezes, é apenas entusiasmo materno e paterno, mas, vai que você está certo. Como saber quando a inteligência está, de fato, acima da média? Será que o tratamento deve ser diferente? E como medir esta facilidade de aprender?
A superdotação envolve muitos mitos e pouca gente sabe o que ela realmente significa. Antigamente, só era superdotado quem tinha o Quoficiente de Inteligência (o QI) acima da média, mas, hoje, algumas pesquisas mostram que ele sozinho não é suficiente para fechar o diagnóstico. “Avaliamos outros comportamentos, como as habilidades geral e específica acima da média, o envolvimento em determinada tarefa e a criatividade”, conta a pedagoga Sônia Rodrigues.
Ao contrário de outros problemas ligados aos processos de aprendizado, a superdotação pode ser percebida ainda antes da fase escolar. A fase de questionamento, que geralmente acontece até os 3 ou 4 anos, aparece antes nestas crianças, e provavelmente jamais terá fim. A fala também pode ser precoce, mas o que deve chamar a atenção é a quantidade de palavras que esta criança domina.
Os superdotados têm um nível maior de concentração, memória e raciocínio, maior capacidade de generalização e abstração, grande vocabulário e capacidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo. Tudo isso faz com que ela tenha mais facilidade para ler e escrever antes mesmo de entrar na escola (ou mais cedo que os colegas), e estar à frente academicamente dos colegas da mesma idade.
A origem do problema
O funcionamento do cérebro destas crianças é diferente: o órgão funciona com mais eficiência e menos energia. Isso é causado pela melhor eficiência de algumas áreas específicas, como as que controlam a memória e as responsáveis pelo foco em uma atividade só, e não por mudanças nas ligações entre os neurônios, como ocorre na dislexia.
É comum que o desenvolvimento cognitivo, ou seja, o desenvolvimento da capacidade de aprender, aconteça antes do que o motor (físico). Todas estas situações independem do ambiente externo onde a criança vive, mas ele pode atrapalhar ou ajudar, já que ela precisará de estímulos diferentes em casa e na escola.
 Dentro da sala de aula
É na fase escolar que os sinais da superdotação começam a preocupar mais os pais e professores. Neste período, é comum ver crianças pulando séries ou que diminuindo o período escolar, mas nem sempre isso é bom.
As etapas de aprendizado de um superdotado e uma criança comum são as mesmas, a diferença está no tempo que elas levam para acontecer. O ritmo dos superdotados é mais veloz e, por isso, é comum que eles apresentem desmotivação na série em que estão, mas não se adaptem a um novo ano escolar ou apresentem problemas de relacionamento com os colegas da mesma idade.
É importante que os pais busquem uma escola que aceite uma criança mais jovem em séries mais avançadas desde cedo, e que respeite outras características do superdotado, como as sociais e emocionais. Os professores que lidarão diretamente com a criança também devem estar preparados para as dúvidas e novas relações que a criança estabelecerá.
Sônia destaca que os profissionais da educação devem valorizar a criatividade, incentivar a experimentação de novas ideias, ser tolerantes com os acontecimentos não habituais e estar abertos a soluções não-programadas, além de estimular o pensamento independente e a crítica positiva. Mesmo com essa facilidade para aprender, as crianças superdotadas também precisam de estímulos, sejam por meio de elogios ou com jogos e brincadeiras.
O governo brasileiro criou um programa voltado apenas para estas crianças, o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), e segue algumas normas para integrar os superdotados em escolas públicas e enriquecer o currículo escolar. “O objetivo não é rotular estas crianças, mas sim identificar e elaborar atividades que forneçam os recursos específicos para eles”, conta Martinha Clarete Dutra, diretora de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do MEC.
Fora do ambiente escolar, a criança superdotada só precisa de acompanhamento profissional caso haja problemas graves de socialização ou adaptação. Os pais devem ficar atentos a problemas de interação dos filhos com outras crianças e ter paciência: geralmente os superdotados são mais sensíveis e exigem mais atenção. Caso a situação interfira no relacionamento familiar, procurar um psicólogo seja a melhor saída.

domingo, 12 de agosto de 2012

Sedentarismo causa dor nas costas

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Passar muito tempo sentado em frente à TV ou ao computador, vida sedentária e postura incorreta fazem com que as pessoas tenham dores nas costas cada vez mais cedo. O problema incomoda 34% dos jovens de 16 a 24 anos, segundo uma pesquisa realizada pela empresa Mintel, do Reino Unido. Os dados são do jornal Daily Mail.
O levantamento realizado com britânicos constatou que a proporção de jovens com dores na coluna é semelhante à dos aposentados, já que 38% dos voluntários com mais de 65 anos relatam o desconforto. Dois quintos dos britânicos de todas as idades sofrem de dor nas costas.
“Muito tempo sentado enfraquece o tônus muscular e isso pode levar a dor nas costas”, disse a porta-voz da empresa de pesquisa, Michelle Strutton. “Muitos jovens levam uma vida sedentária e a falta de esporte pode muito bem contribuir para a dor nas costas, bem como a má postura”, completou.
E essa dor nas costas podem causar futuramente grandes problemas para a sua saúde, então vamos nos cuidar desde agora, começando por sempre lembrar de fazer alongamentos, e procurar algum exercício que você se identifique.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando o uso de aplicativos vira um estímulo à preguiça

Quando Christopher Kennedy recentemente decidiu que queria lavar o carro, estacionou perto de uma Starbucks em San Francisco, pegou o telefone e disse a um aplicativo chamado Cherry onde seu Scion vermelho estava localizado. Cerca de 20 minutos depois, uma lavadora de carros profissional chegou até o carro destrancado e o limpou por dentro e por fora.
"É incrivelmente fácil", diz o web designer de 32 anos, que trabalhou em seu laptop e tomou um "caramel macchiato" na cafeteria, enquanto seu carro era lavado por US$ 35 na esquina.
Está ficando cada vez mais simples ser preguiçoso em um mundo no qual agora há um app para tudo, incluindo tarefas indesejáveis. Nos Estados Unidos, a moda vem pegando forte. Não quer esperar na fila para comida mexicana? Então, contrate um assistente através do app Exec para fazer o pedido e entregá-lo em sua porta. Não está a fim de lavar a roupa? O TaskRabbit vai encontrar alguém para fazer isso por você. Cansado demais para ir comprar papel higiênico? O Get It Now, da Postmates, pode trazê-lo em menos de uma hora.
Os serviços estão sendo abraçados essencialmente por jovens e amantes da tecnologia nos grandes centros urbanos como São Francisco e Nova York, mas o interesse está se espalhando. Os desenvolvedores dizem que os aplicativos ajudam as pessoas a economizar tempo e criar novas oportunidades de emprego para milhares de trabalhadores locais que atendem às solicitações. Mas será que esses aplicativos estão nos tentando a abrir mão de tarefas das quais nos beneficiaríamos se as fizéssemos nós mesmos?
Os apps "nos dão mais motivos para não falar com a pessoa que está ao nosso lado", diz Larry Rosen, professor de psicologia da Universidade Estadual da Califórnia, Dominguez Hills, que diz que os serviços estão cimentando a nossa obsessão com aparelhos móveis, o que pode nos tornar socialmente isolados. As pessoas podem começar a terceirizar tarefas que contribuem com a boa saúde psicológica, que envolvem interagir com outras pessoas, como desejar um feliz aniversário a alguém.
Bo Fishback, diretor-presidente do serviço de buscas de assistência local Zaarly, diz que está consciente dos riscos. Agora que podemos terceirizar praticamente tudo, "será que estamos dando passos gigantes na direção de criar uma sociedade mais preguiçosa na Terra?", pergunta ele. Por outro lado, o executivo diz que os serviços estão alimentando uma explosão de novos negócios.
Fishback diz que a Zaarly concentra-se em serviços especializados, como a contratação de um músico para tocar em uma festa, e não naqueles que são "combustível da preguiça". Ele diz que já rejeitou pedidos de estudantes que tentavam encontrar assistentes para fazer seus trabalhos de conclusão de curso, por exemplo.
Os novos aplicativos são tão fáceis de usar que fazem pegar o telefone para ligar parecer um trabalho duro. O Uber promete encontrar para o usuário uma carona para qualquer destino em poucos minutos em mais de dez cidades. Outros aplicativos, como o Get It Now, prometem buscar e entregar todo tipo de produto em uma hora. Os aplicativos permitem que você acompanhe o andamento de sua solicitação em tempo quase real. E como muitas vezes são os usuários que definem o preço que estão dispostos a pagar pelos serviços, e o download dos aplicativos é grátis, não há a necessidade de muito investimento.
Os desenvolvedores de software de gratificação instantânea de hoje dizem que eles têm mais chances de obter sucesso que no passado, em parte porque a proliferação dos smartphones lhes permite administrar mensageiros e outros trabalhadores envolvidos na prestação do serviço de forma mais eficiente. Eles dizem que cobram taxas de serviço de até 20% e não administram depósitos e armazéns grandes e caros.
Adam Nadelson, cirurgião residente de um hospital em Nova York, diz que está disposto a terceirizar todas as tarefas possíveis. Mais recentemente, ele contratou alguém para preparar cupcakes para o aniversário da namorada, depois que uma foto chamou sua atenção no site de compras Fancy. Ele clicou no link "Faça-o para mim", ao lado da foto, que o conectou com um padeiro local, através do serviço Zaarly. Três dias depois, o padeiro entregou uma dúzia das delícias ao porteiro de Nadelson.
"Teria sido maravilhoso se eu tivesse preparado tudo sozinho, mas não tenho tempo", diz o jovem médico. Ele abriu o jogo no dia seguinte, quando sua namorada comentou que os cupcakes, que custaram cerca de US$ 40, estavam particularmente deliciosos e perguntou de onde eles tinham vindo. Mesmo sabendo a verdade, ela ainda ficou impressionada, diz.
Muita gente acredita que a decisão de usar a tecnologia para repassar a outros as tarefas que nós mesmos podemos fazer se justificam se o custo vale a pena. Mas e os outros aspectos? Não deveríamos aprender a fazer algumas dessas coisas, como cozinhar, mesmo se achamos a tarefa irritante?
O pediatra Michael Rich, diretor do Centro sobre Mídia e Saúde da Criança do Hospital Infantil de Boston, diz que a resposta se resume ao propósito mais profundo de uma tarefa, que pode ser esquecido quando absolutamente tudo está a um clique de distância.
"Se você realmente não tem a menor vontade de lavar seu carro, a terceirização não é realmente tão ruim assim", diz ele. "Se lavar o carro é algo que você faz com seus filhos no fim de semana, você está terceirizando parte das atividades da vida diária que tornam a vida mais divertida e significativa."
Fonte: Valor

E ai, onde vocês acham que nós vamos parar desse jeito?!